Ene Capítulos

Blog sem censura. Aqui há escrita, críticas, opiniões e tudo o resto. Fala-se de tudo sem tabus. Do facto mais erudito, ao evento mais banal. Podem comentar o que quiserem e da forma e linguagem que entenderem.

sábado, março 10, 2007

FESTIVAL DA CANÇÃO 2

Sempre na vanguarda da informação, Ene Capítulos é o primeiro blog a fazer o relato do Festival da Canção. Depois de ver a 2.ª parte posso dizer que fiquei um pouco admirado. A abrir, uma tentativa de fusão (mais uma) entre fado e hip hop, que embora meritória, não saiu muito bem. Esperem lá; música 7; Melo D? Letra de Kalaf? Quatro ou cinco minutos do melhor que já passou no Festival da Canção (era ver os idosos todos a bombar). A seguir mais uma canção lamechas tipicamente festivaleira, ao bom estilo Abba, a qual não poderei avaliar correctamente, pois adormeci a meio. Depois, mais um clássico dueto, que mais parecia tirado de um filme da Disney, onde uma gaja do fado, nitidamente desconfortável no registo música ligeira, e um gajo não sei donde a tentar cantar (esforçou-se o miúdo, até demais), cantavam à desgarrada para ver quem conseguia os tons mais agudos (cheguei a sangrar dos ouvidos). Por fim o 10.º concorrente, cujo nome merece uma referência – Zé P. – original, não?! Zé P. é um indivíduo com ar de matarruano e uma guitarra ao ombro, na qual julgo que nunca tocou durante a actuação. Apadrinhado por José Cid, esta influência notava-se não só nos coros da música, como também nos óculos escuros ostentados por toda a banda. E chegou ao fim mais uma Festival da Canção, que infelizmente acontece todos os anos. Para todos os incautos leitores que pensam porque é que Ene Capítulos, num sábado à noite, não tem nada de mais interessante para fazer, relembro que sou casado. Mais... tenho um filhote. A vida social de um homem acaba com o matrimónio. E pronto... Ganhou, como já previa, a canção de registo Pimba, cantada por Sabrina e produzida por Emanuel (acho que não é preciso dizer mais)... É o país e o povo que temos.

FESTIVAL DA CANÇÃO

São estas pequenas coisas que nos fazem sentir velhos... Pela primeira vez na minha vida, estou sentado em frente à televisão a ver o Festival da Canção! É verdade incauto leitor. Qualquer dia ando com lenços de bolso, rádio de pilhas empunhado, a mijar na primeira esquina que encontro devido aos problemas na próstata e com sacos de plástico a sair das algibeiras. Aí já vou ser, com certeza, o idoso campeão de bisca, lá do jardim municipal... Mas é com alto sentido crítico que visiono este “espectáculo”. Até agora já observei um dueto altamente desafinado, na primeira interpretação. Um grupo que até tenho em boa conta, os Corvos, acompanhados por uma invulgar (leia-se boa) voz feminina, mas que estragaram tudo com o tal madeirense que se pavoneia de já ter gravado com o Robin Williams (julgo que todos devemos pensar que isso é muito bom) e um dos seus protegidos no coro (a música também não era nada de famoso, deve ter sido escrita pelo madeirense). A terceira música foi de um grupo pop interessante, mas que não vai de certeza a nenhum sítio, porque falava de Ipod’s e downloads e essas coisas, que o aposentado, o público alvo deste certame, não domina. Depois tivemos uma canção do mais puro pimba, não sei se a aparição do Emanuel, o grande rei do fenómeno Pimba, nas filmagens que antecedem cada prestação, pode ter alguma influência nisso (é que até na roupa a gaja estava kitsch). Por fim apareceu um gajo com cabelo comprido e guitarra em riste, no mais cru ar de metaleiro, que tocou para lá uma coisa qualquer tão marcante, que foi há coisa de 5 minutos e eu já não me lembro (deve ser da velhice). Mas nem tudo é mau. Sempre deu para ver o Marco Horácio a dançar (hi hi hi – risos). E agora estamos no intervalo. Afinal nem tudo é mau no Festival da Canção... Ene Capítulos volta em breve.

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