O ESTADO PORTUGUÊS PEDE O FAVOR DE NÃO FICAREM DOENTES
Atenção incauto leitor! Se você recebe cerca de 600/700 € mensais. Se é fumador e vai ao cinema regularmente... Prepare-se! Vai passar a pagar taxas moderadoras mais altas, bem como “renda” de internamento hospitalar, tipo hotel, que em princípio rondará os 5 €/dia (como se alguém de perfeita saúde fizesse questão em ficar internado). Pelo menos é o que podemos assimilar das palavras do Sr. Ministro da Saúde (António Correia de Campos), proferidas ontem à noite, numa entrevista para a RTP1 conduzida por Judite de Sousa. 
Segundo este membro (não amputado) do Governo, quem tem dinheiro para dar 3,20 € por um maço de cigarros e 5 € por um bilhete de cinema, pode também suportar o pagamento no Serviço Nacional de Saúde. Afirma ainda ser um “chavão” a posição que defende o não pagamento de cuidados de saúde nos hospitais públicos. Comparou o nosso caso à Suécia e à Finlândia, como toda a gente sabe, são países bem mais pobres que o nosso, onde se pagam os cuidados de saúde públicos. Parece-me que tem toda a lógica! Isto num Estado Democrático que pratica o princípio da redistribuição da riqueza, através da taxação de impostos sobre os rendimentos de todos os contribuintes. A escolha de exemplo foi sábia, principalmente na parte do cinema. Evidentemente, até no meio político, classe que em princípio deveria ter um nível cultural acima da média, considera-se a 7ª arte como uma actividade lúdica e não como uma forma de expressão cultural. Sr. Ministro – o Cinema também é cultura!
Ah é verdade! Infelizmente, além de cinéfilo, também sou fumador... Mas informo V. Ex.ª de que o tabaco que compro vem em pacotes (vulgo tabaco de onça ou de enrolar) e custa 2,30 €, que me dura sensivelmente para 5 dias. Acompanha com 2 caixas de mortalhas (cerca de 1 €) e um pacote de filtros (opcional, cerca de 1, 50 €). Portanto, com menos de 5 € mantenho o meu vício por 5 dias. Isto dá uma média inferior a 1 € por dia (é só fazer as contas, como diria um notável do seu partido). Escusado será lembrar que mais de metade deste valor reverte a favor dos cofres do Estado, sob a forma de impostos sobre o tabaco. Chega de bater no ceguinho! O fumador é o melhor contribuinte do Estado. Paga mais impostos do que um cidadão saudável e morre mais depressa, diminuindo assim o encargo com reformas...
Segundo este membro (não amputado) do Governo, quem tem dinheiro para dar 3,20 € por um maço de cigarros e 5 € por um bilhete de cinema, pode também suportar o pagamento no Serviço Nacional de Saúde. Afirma ainda ser um “chavão” a posição que defende o não pagamento de cuidados de saúde nos hospitais públicos. Comparou o nosso caso à Suécia e à Finlândia, como toda a gente sabe, são países bem mais pobres que o nosso, onde se pagam os cuidados de saúde públicos. Parece-me que tem toda a lógica! Isto num Estado Democrático que pratica o princípio da redistribuição da riqueza, através da taxação de impostos sobre os rendimentos de todos os contribuintes. A escolha de exemplo foi sábia, principalmente na parte do cinema. Evidentemente, até no meio político, classe que em princípio deveria ter um nível cultural acima da média, considera-se a 7ª arte como uma actividade lúdica e não como uma forma de expressão cultural. Sr. Ministro – o Cinema também é cultura!
Ah é verdade! Infelizmente, além de cinéfilo, também sou fumador... Mas informo V. Ex.ª de que o tabaco que compro vem em pacotes (vulgo tabaco de onça ou de enrolar) e custa 2,30 €, que me dura sensivelmente para 5 dias. Acompanha com 2 caixas de mortalhas (cerca de 1 €) e um pacote de filtros (opcional, cerca de 1, 50 €). Portanto, com menos de 5 € mantenho o meu vício por 5 dias. Isto dá uma média inferior a 1 € por dia (é só fazer as contas, como diria um notável do seu partido). Escusado será lembrar que mais de metade deste valor reverte a favor dos cofres do Estado, sob a forma de impostos sobre o tabaco. Chega de bater no ceguinho! O fumador é o melhor contribuinte do Estado. Paga mais impostos do que um cidadão saudável e morre mais depressa, diminuindo assim o encargo com reformas...
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