MOSQUITOS, MELGAS E OUTROS QUE TAIS
Todos os dias sou obrigado a atravessar o rio Tejo pela Ponte Vasco da Gama. Pela manhã rasgo a aurora, qual raio de sol apressado, na direcção da grande metrópole. O problema é que também é a essa hora que os mosquitos, melgas e outros insectos acordam da sua letargia e decidem invadir o tabuleiro da referida ponte. Eu ainda não consegui perceber o que dá na cabeça daqueles bichos para frequentarem um sítio tão perigoso. 
A minha teoria é que este ritual é tipo um desporto radical para os bichos. Os gajos vão para lá sentir a adrenalina de tentar esquivar-se aos veículos que galgam aqueles quilómetros de alcatrão a, pelo menos, 120 à hora. O problema é que, invariavelmente, uma boa centena deles esborracham-se, aparatosamente, contra o para brisas ou a grelha do automóvel. Isto irrita-me solenemente porque, além de não conseguir manter o carro limpo por mais de 24 horas, demonstra a estupidez de uns animais que, não são poucos os especialistas que o afirmam, irão governar o mundo no futuro. Ter um chefe normal já não é bom, mas então se esse chefe for um insecto com apenas duas dimensões, avisão é tenebrosa... Outra explicação para este estranho comportamento é o tunning. É verdade caros leitores, o tunning também já chegou ao universo dos insectos. Não acreditam? Então como é que explicam a pintura da carroçaria da joaninha e outros insectos, ou as antenas todas aerodinâmicas de alguns...? Já para não falar dos tweeters que equipam as melgas. Os gajos frequentam a ponte para irem para o pica, tentar sentir a vertigem da velocidade. O pior é quando animais de maior porte também começarem a sentir este impulso. Só não compreendo porque é que esses bichos se levantam tão cedo, para, no fundo, irem melgar... Chupistas!
A minha teoria é que este ritual é tipo um desporto radical para os bichos. Os gajos vão para lá sentir a adrenalina de tentar esquivar-se aos veículos que galgam aqueles quilómetros de alcatrão a, pelo menos, 120 à hora. O problema é que, invariavelmente, uma boa centena deles esborracham-se, aparatosamente, contra o para brisas ou a grelha do automóvel. Isto irrita-me solenemente porque, além de não conseguir manter o carro limpo por mais de 24 horas, demonstra a estupidez de uns animais que, não são poucos os especialistas que o afirmam, irão governar o mundo no futuro. Ter um chefe normal já não é bom, mas então se esse chefe for um insecto com apenas duas dimensões, avisão é tenebrosa... Outra explicação para este estranho comportamento é o tunning. É verdade caros leitores, o tunning também já chegou ao universo dos insectos. Não acreditam? Então como é que explicam a pintura da carroçaria da joaninha e outros insectos, ou as antenas todas aerodinâmicas de alguns...? Já para não falar dos tweeters que equipam as melgas. Os gajos frequentam a ponte para irem para o pica, tentar sentir a vertigem da velocidade. O pior é quando animais de maior porte também começarem a sentir este impulso. Só não compreendo porque é que esses bichos se levantam tão cedo, para, no fundo, irem melgar... Chupistas!
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