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terça-feira, outubro 25, 2005

Parasitismo desportivo

As relações de parasitismo no futebol são há muito conhecidas. O episódio mais recente passa-se entre o Setúbal e o Benfica. Ao que parece o clube da águia predispôs-se a ajudar financeiramente os sadinos, em troca de certas contrapartidas. Ao que foi apurado fala-se do direito de opção dos encarnados sobre um rol de jogadores, que inclui um guarda-redes a viajar para a 2ª circular já na reabertura do mercado. Parece lógico que escolham os melhores para essa lista. Assim, em caso do Setúbal sair da bancarrota e do Benfica accionar o direito de opção para todos os jogadores (tipo Alverca), o clube no mínimo descerá de divisão porque fica sem plantel. Ao descer de divisão implica um corte nas receitas, aí o clube entrará novamente na recessão económica. É um ciclo vicioso. Entretanto, o Benfica deverá mudar o seu símbolo para o Abutre, essa nobre ave necrófaga, devido aos seus hábitos de se alimentar dos mortos e moribundos. Mas, nem tudo é pacífico no seio da família benfiquista. Segundo o treinador Ronald Koeman, e citamos, “para coxos basta-me os que tenho aqui, que por agora até parece que sabem jogar à bola!” e continua dizendo “arranjem é uma perna de pau para o Quim e outra para o Moreira e estamos conversados”. Luís Filipe Vieira por seu turno defende a compra imediata do clube do Sado para a instalação de um centro de recauchutagem de pneus. Enquanto isso, José Veiga debate-se com uma crise existencial, pois o Porto nos últimos tempos tem comprado jogadores por lá e não se tem dado mal, mas, verdade seja dita, isto de estar sempre a copiar a SAD portista começa a dar nas vistas.
Do lado do Vitória de Setúbal reina a confusão total. O presidente do clube, ainda não consegue perceber porque é que o Benfica lançou esta autêntica OPA sobre o seu clube. Norton de Matos sempre adianta que “só não me despeço outra vez, porque aí é que não vejo mesmo o carcanhol que me devem”. Os jogadores setubalenses, por seu lado, formaram um cartel e lançaram um comunicado onde se pode ler “preferimos manter os nossos postos de trabalho no Setúbal, mesmo sem receber, do que irmos para o Benfica. O tempo da PIDE já acabou e não temos que conviver com um presidente que nos pode lesionar a qualquer instante com um golpe de orelhas”.

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